Quatro dias livres...
A cabeça não sabe como conduzir o corpo...
O coração está exposto.
No rosto, os primeiros sinais da dúvida...
O amor está em tudo o que vejo em tudo o que foco em tudo o que penso.
Mas, não está no palpável.
Como um espectro circula em derredor e não tem dó, por não poder tocá-lo.
É um amor proibido!
Que vibra e que não deixa saída, pra dele fugir.
Sem saber o que fazer, rasgo as horas feitas papel de pão e não alimento a aflição.
Contudo, ela insiste.
Persiste em me dizer que eu não tenho o que querer desse amor.
Que ele jamais se tornará flor e que apenas, me trará dor.
Mostrará tão-somente, espinhos.
Não haverá o degustar do vinho, tampouco, transbordará em carinhos, porque estará mais ausente do que presente.
Mais distante do que próximo.
Mais inconstante do que incessante.
Dirá-me tudo ontem.
Fará-me vibrar como se nunca fosse calar.
Mas, hoje... Hoje ele não está.
E assim serão os sucessivos dias desse amor.
Transformar-se-ão em anos, fortalecendo os danos, que só o tempo poderá avaliar.
Sem saber o que fazer, procuro enaltecer o amor que sinto, fingindo ser um absinto, onde nele me embriago e consinto o risco de sofrer.
Não há o que dizer.
Qualquer coisa que se diga, não justificará as feridas que marcarão o coração feito ferro em brasa!
Deixando marcas, mudando histórias, mudando vidas...
Mudando a minha vida!
Sem saber o que fazer finjo não perceber que tudo é uma grande ilusão, mas que faz tão bem ao coração, que fica difícil dizer não.
Não aos teus beijos.
Não ao teu cheiro.
Não aos abraços que aos meus entrelaçam, buscando fortalecer os laços de um amor falido...
Falido por ser proibido!
E eu, não sei o que fazer...
Tampouco, o que dizer...
Porque só quero, é te querer.
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