A armadilha estava pronta.
O protagonista, a postos.
A presa, fácil.
Tudo começara numa longa procura, e numa longa espera.
Um ano havia passado, quando da primeira e última vez,
em que esteve ao meu lado.
Não nos conhecíamos, trocamos apenas, duas ou três palavras,
nada mais que isso.
Sobrara, tão somente, a magia daquele encontro,
onde algo mais brotara em meu coração.
Não sabia dele, mas sabia que viria.
Não contara que um ano já havia passado, por isso,
não desisti permanecendo na espera que, um dia, estivesse aqui.
Até que esse dia chegou!
De mansinho se aproximou, com paciência esperou.
Escreveu versos de amor.
Falou de coisas, que já não acreditava mais que existissem..
Falou de uma procura descabida,
movendo céu e terra pra achar sua querida.
Em nenhum momento pediu guarida, pois não havia desistência,
apenas a persistência de achar esse amor, sem nenhuma prudência.
Falou de noites mal dormidas,
onde o sonho trazia o aconchego do encontro,
entre dois seres, com o coração em desassossego.
Falou do quanto procurou.
Trouxe o brilho para os meus olhos, levitou minh’alma, fez-me sonhar.
Acreditei.
Entreguei-me na mais pura inocência, que só às crianças é permitida.
Apareci nua, despida de qualquer defesa contra esse amor.
Mostrei-me como sou.
Nada escondi.
Nada respondi, pois não havia perguntas.
Acreditei.
A vida, sarcástica, sorria pra mim.
Não consegui nesse sorriso ver, o alerta de que o amor era conciso.
Estava encantada e, por isso, não via nada!
Mas, o Altíssimo a tudo Vê, e diante das minhas súplicas,
Trouxe a verdade, clara e límpida, Me deixando a mercê...
O amor que imaginara ser, não era.
Fingiu.
Mentiu.
Traiu.
Tudo não passara de um grande e vil engodo.
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