Pela passagem do Senhor marcavam-se as pegadas do amor.
Seguir tais pegadas ao longo do caminho seria beber
no cálice o doce vinho.
Inebriar-se na dor.
Converter em pétalas os espinhos cravados em sua testa.
Saudaram ao Rei sem trono.
Fizeram do servo o Seu dono.
Deixaram como legado, o abandono.
Ao cumprir da profecia, céu e terra tremem!
Abrem-se fendas nos corações vazios.
Os homens curvam-se ao medo, estupefatos esquecem
os maus tratos, fogem feito rato!
Nada mais pode ser feito.
No cálice não há mais vinho.
O Rei tinha enfim, o seu trono!
O servo, não era mais o Seu dono.
Já não havia mais o abandono.
O Rei dos Reis subia aos céus.
Ao lado direito do Pai Celestial, era agora advogado.
Deixara um novo legado: ”Amar ao próximo como a si mesmo”.
As pegadas do Senhor transcendem qualquer dor, dando lugar ao louvor.
Seguir Seus passos é desamarrar os laços.
Deixar o coração em pedaços, num descompasso de amor.
Abdicar do mundo.
Sentir-se profundo.
Livrar-se do que é imundo.
Isto dizia o Senhor!
Deixar o insano.
Fugir do que é profano, sem nunca causar danos.
Insistia o Senhor!
Praticar Seus atos, testemunhar mil relatos, atravessar desertos.
Se deixar levar, sentindo a essência do amor.
Assim nos carregava nos braços o Senhor!
Das parábolas aos dez mandamentos,
cumprir o Seu intento, sem nenhum lamento.
Assim ensinava o Senhor!
Levar o verbo mundo afora.
Fazer valer o evangelho, nas inúmeras histórias de amor.
No sangue puro do Senhor, foram lavados, pelo Redentor,
os pecados dos homens sem pudor.
O Pai entregara o Filho ao resgate do amor.
Durante todo o trajeto, via-sacra da dor cumpria-se o destino do Salvador.
Um único nome edificava a fé no mundo: JESUS CRISTO!
Mestre e Redentor, profeta do amor.
Que seja glorificado e louvado, o nosso Senhor!
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