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domingo, 11 de setembro de 2011

O RANCHO


O rio calmo frequente fazia parte de uma paisagem, 
que entre cores matizadas, era reverenciada 
pelas cerdas de um pincel.
Um rancho intrínseco ao contexto complementava 
a melancolia do lugar.
Suas paredes viam, ouviam, testemunhavam 
e guardavam gritos abafados, prantos contidos, 
pensamentos condoídos.
Havia dor sem, contudo, ser sentida.
Estava adormecida.
Embutida disfarçada.
Não devia ser notada.
O tempo algoz, não dava trégua!
Embora, lento marcasse os compassos de um 
coração aturdido, dissimulava as horas, 
sem se fazer notar.
As viagens aconteciam, muitas vezes, sem volta, 
entre as paredes toscas daquele rancho.
Viagens febris, lânguidas, frouxas... 
Às vezes, uma pitada de sonhos.
O quadro desenhava-se lento,
 nas cerdas aflitas daquele pincel...
Riscos, rabiscos, arabescos, imprimiam na tela, 
o que na mente abrigava e 
aos olhos, ainda enchia:
A mansidão do rio calmo, hospitaleiro.
O verde das árvores que circundavam às águas.
O céu que abrigava os pássaros.
O sol que abraçava o dia.
Nas tintas, a expressão das cores.
Na alma, a versão.
Versão dos versos não escritos.
Das canções cantadas, tocadas, gravadas.
Versão da vida, ainda não vivida.
Das expectativas vencidas.
Na efemeridade do tempo, a vida retorna, 
imprimindo na tela, um novo alvorecer, 
onde a paisagem é extremamente bela.
Renasce o bem-querer!

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