O
rio calmo frequente fazia parte de uma paisagem,
que entre cores matizadas, era
reverenciada
pelas cerdas de um pincel.
Um
rancho intrínseco ao contexto complementava
a melancolia do lugar.
Suas
paredes viam, ouviam, testemunhavam
e guardavam gritos abafados, prantos
contidos,
pensamentos condoídos.
Havia
dor sem, contudo, ser sentida.
Estava
adormecida.
Embutida
disfarçada.
Não
devia ser notada.
O
tempo algoz, não dava trégua!
Embora,
lento marcasse os compassos de um
coração aturdido, dissimulava as horas,
sem
se fazer notar.
As
viagens aconteciam, muitas vezes, sem volta,
entre as paredes toscas daquele
rancho.
Viagens
febris, lânguidas, frouxas...
Às vezes, uma pitada de sonhos.
O
quadro desenhava-se lento,
nas cerdas aflitas daquele pincel...
Riscos,
rabiscos, arabescos, imprimiam na tela,
o que na mente abrigava e
aos olhos,
ainda enchia:
A
mansidão do rio calmo, hospitaleiro.
O
verde das árvores que circundavam às águas.
O
céu que abrigava os pássaros.
O
sol que abraçava o dia.
Nas
tintas, a expressão das cores.
Na
alma, a versão.
Versão
dos versos não escritos.
Das
canções cantadas, tocadas, gravadas.
Versão
da vida, ainda não vivida.
Das
expectativas vencidas.
Na
efemeridade do tempo, a vida retorna,
imprimindo na tela, um novo alvorecer,
onde a paisagem é extremamente bela.
Renasce
o bem-querer!
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