Meu amor, minha vida...
Experimentei tua ausência e quase fui à demência
na angústia que assolou meu coração.
A incerteza fez-se presente trazendo o ciúme,
nas diversas formas imaginárias,
que a teu amor questionava e ao meu fustigava.
Trouxe o frio para o coração quente,
resfriando o sangue que por ti borbulhava.
Doía o coração, arrefecia o tesão e
imperava somente a razão.
Mil questões foram levantadas e
para cada uma, não havia uma resposta sequer.
Caia por terra os sonhos, e se fazia medonho,
o monstro da insegurança, que enfrentava meus medos,
e trazia entre os dedos, os diversos anéis
que algemavam, cruéis, as possíveis tentativas
de entender, como podia ser.
Da rainha outrora altiva, restavam as vestes simples
da serva acanhada, que por sua involuntária
estupidez, dava vazão a insensatez.
Num desejo insano de abreviar a loucura,
que abalava a estrutura da majestade que a tudo
sobrepunha, na esperança estúpida de entender.
Vivi momentos que oscilavam o pêndulo da ignorância
absurda, provocada pelo sentimento da dor,
vestida da possível renúncia.
A idéia de apagar os rastros e cortar tenros laços,
fez do caminho um atalho, vislumbrando um horizonte
em que o sol não mais brilhava.
Vi-me a caminhar, sozinha, em direção desconhecida,
por um caminho estreito em que só eu cabia.
À frente, além do horizonte sem o brilho do sol,
também não te via.
Fugia de ti e dos sonhos...
A dor explodia no peito como ar rarefeito, comprimindo a pressão.
As passadas se tornaram pesadas e o caminho longo...
Os pensamentos destorcidos seguiam comigo, agora peregrinos.
E sem encontrar o tino, andei às escuras do raciocínio.
O coração balançou na explosão, mas se manteve firme na dor.
Contorceu-se, reprimiu-se e vestiu a carapuça dessa mesma dor.
No caminho não havia a flor que outrora ornamentara o amor
que a mim seduzia, parecendo nunca acabar.
Restava duvidar, e ao teu amor renunciar.
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