Os olhos não querem ver...
Renegam o desafio de encarar o que é infesto.
Ofuscam-se com o brilho estonteante das
intemperanças.
O porvir não é mais um deslumbre.
No matutar das ideias o melhor não se ajusta.
A visão entorpece nas entrelinhas do que vê.
E já não há o alvorecer.
Tudo fica obscuro no afã do dia a dia.
Como esperar o amanhã?
Como a vida enobrecer?
Os atos sem virtude...
O descaso em plenitude...
A honra em fuga...
Como encontrar ternura ao olhar?
Como o horizonte buscar?
A vida segue plena em meio ao caos.
Os olhos...
Estes...
Já não querem ver.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Caro leitor (a), expresse aqui sua opinião, pois, é fundamental para o crescimento deste blog. Um grande abraço a todos. Sejam Bem-vindos!