Automatizei
os sentimentos.
Liquidifiquei
os sonhos.
Retardei
a vida...
Oprimi
o coração ouvindo a voz da razão!
Sufoquei
o pranto, e mergulhei no encanto.
Amei
com ternura.
Encontrei
amargura.
A
cabeça sentenciava o fim.
Voltas
e voltas foram dadas.
Rodei.
Voei.
Rastejei.
Implorei.
Sufoquei!
Havia
na estante, um livro.
Páginas
e páginas escritas à mão.
Rascunhos
encadernados.
Inacabados
compunham histórias vividas
a esmo, sem sentido, com prazer e por querer.
Lá
não encontrei amor.
Li
o desajuste, a procura do inalcançável,
o descontrole emocional.
Li
o sexo, o prazer à flor da pele,
a emoção contida.
Li
a luta contra o sentimento brotando,
o gozo latente,
o esperma desabrochando.
Li
os olhos desencontrados,
as almas desajustadas, o tato aguçado.
Li
o esquecimento do tempo,
o passar das horas intenso.
Li
a vida não sentida, apenas vivida.
Li
que o tempo nos deixa sem tempo,
que não há espaço para os lamentos.
Que
a vida não é um contratempo,
e que apenas deve acontecer!
Linda Poetisa,
ResponderExcluirFeliz de quem pode estas histórias contar.
Há os que passam por esta vida, sem hisórias,
e sem coragem para confessar.
Parabéns, nobre guerreira !