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domingo, 9 de outubro de 2011

VOZES CONTRÁRIAS


A vida se apresentara a adolescente tímida, trazendo o primeiro amor.

Embora já trabalhasse o trabalho não garantia o seu sustento,
ainda dependia dos pais.

Pais emprestados, pois ao nascer, a família se desfez e não teve
como combater essa insensatez.

Mas, a vida não pára.

Trouxe o amor anos depois.

Outra história começava...

A adolescente tímida desabrochara e ao primeiro amor se entregara.

Um amor difícil, com bagagem pesada, trazida na aliança em
que seu amado usava.

O vento soprava contrário e açoitava a tez, amargurando o coração
ainda puro, inseguro na solidez desse amor.

Embora existisse à contrariedade do vento, não se contava o
tempo em que poderia esse amor durar...

Estar, simplesmente, estar é o que se queria conquistar.

O tempo se tornou implacável, pois contava as horas como se
fossem minutos e os minutos como se fossem segundos e, para
cada momento vivido, a saudade antecipada.

A intensidade desse amor trouxe o louvor e a desonra.

As vozes guardiãs gritavam em oposição, contrariando o coração.

Desse amor restava a resignação pelas vozes que em ecos, diziam: Não!

Restava a renúncia, até então.

Cada um para o seu lado jazia o translado de um amor inevitável,
onde às direções eram opostas e o tempo irrefutável.

Os caminhos dividiram-se, os corações partiram-se, mas o amor
cresceu e não arrefeceu.

Fez-se presente mesmo ausente, se instalando no ventre
da tímida adolescente.

Crescia ameaçado, disfarçado e mesmo assim, notado.

As vozes contrárias persistiam arbitrárias, subjugando
o sentimento, levando em conta o tempo que, precoce, trazia o lamento.

Armou-se a defesa.

Com ela, a certeza das incertezas...

A adolescente tímida, vestiu-se de coragem, gritou, enfrentou,
disse coisas as quais, abominava, enfrentou, mas não resistiu
ao clamor das vozes que lhe traziam dor.

Arrancou-se-lhe do ventre, o fruto de um amor imprudente, deixando
apenas o vazio no coração e no ventre, da tímida adolescente.

A vida tornou-se ausente.

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