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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

TRANSE



A tempestade avança no tempo.

Persiste.

Insiste.

Renova.

Traz o vento.

Traz a chuva.

Traz relâmpago e trovoada.

Estrondos ecoam, num coração febril, estilhaçado,
consumido e arremessado ao longe.

A razão já não existe.

Divide o tempo, entre horas de insensatez,
e minutos de angústia, devastando os segundos,
numa solidão indigna!

Passa o tempo, passa a vida, vencida pelo cansaço.

Rusgas provindas de anseios sufocados, ditados
pela amargura de corações sombrios, divagam
na desordem de um coração vadio.

Na demência do querer, rejuvenesce a dor
de não saber perder, numa tempestade desigual.

Na alma, o transe.

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