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domingo, 2 de outubro de 2011

A MENINA E O VENTO


Nos acordes do canto dos pássaros revejo a menina, que brincava pura,
sem imaginar que a vida seria insegura.
No coração, ainda inteiro, guardava, mesmo sem saber, a força que os
anos tentariam arrefecer.
Nas lúdicas brincadeiras de infância distraía-se, sem contar o tempo,
sem ligar para o vento, que aos cabelos bulinava, como a querer puxá-los pra si.
Sequer imaginava o que ainda estaria por vir.
Pois, esse vento que aos seus cabelos bulinava, ainda seria o mesmo a enxugar,
anos depois, suas lágrimas, arrastando pensamentos maldizentes, desses que
conspurcam a mente, e traem o amor da gente.
Seria o mesmo a soprar nos ouvidos, e dizer baixinho, que o amor pode ser doído.
Era o vento, um amigo!
Trazendo no sopro, as carícias não sentidas, o afago no peito, como a buscar os
efeitos, que ao coração causaram danos, tentando as dores aliviar, e ao corpo acalentar.
Na brisa trazida por esse sopro sinto hoje as carícias, os afagos e o alívio.
Reconhecendo na voz do vento, o amigo que ao lado daquela menina,
estava durante todo o tempo.
Hoje, ele sopra baixinho aos meus ouvidos, dizendo: "Ainda estou aqui."
E eu, feliz da vida, reencontro assim, a menina que ainda habita em mim!

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