A tela branca, num canto qualquer, esperava.
Inserida ao contexto daquele canto,
nada significava.
Estava virgem, exposta, desnuda.
Sobre sua candura, tudo podia ser feito.
Imaginado.
Desenhado.
Seria permitido vaguear por ruas estreitas.
Em bosques ainda não desbravados.
Estar em meio às montanhas ladeadas por
riachos cristalinos.
Perceber o céu iluminado pelo sol a pino.
Seria permitida qualquer coisa.
Desde a realidade, ao sonho,
Tudo caberia naquela tela!
A imaginação.
A criação.
O talento.
O universo.
Mesmo assim estava ali... Alva.
Num canto qualquer, à espera de um artista.
Queria a inspiração!
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