Das mazelas sofridas resgatei meu coração em pedaços.
Juntei um por um dos fragmentos, na constante tentativa de pô-lo inteiro.
As mãos sujas pelo sangue retêm as manchas que as dores traziam e
blindavam a alma de incertezas.
Para cada pedaço, uma história vivida em desalinho, desguarnecida de
amor e abundante em mentiras.
Deixei-me levar pela ilusão que se apresentou, delicada e sorrateiramente,
como algoz que espreita sua presa.
Entreguei meu corpo, minha alma e não guardei meu coração, o deixei a
mercê do que não podia ser.
Acreditei em doces palavras.
Nas rosas vermelhas significando amor.
No abraço terno.
Na intensidade da voz.
Na certeza como estandarte.
Na ausência da dor.
Não havia dúvida!
Trazia nos braços, a candura do aconchego.
Na voz, a promessa.
No coração, emoção.
No corpo, expressão.
Deixei-me levar...
Hoje...
Hoje estou a chorar.

RASCUNHOS ENCADERNADOS define os sentimentos tatuados na alma por diversos episódios de uma vida vivida sem máscaras e que emerge, em forma de poesia, as diversas sensações que ao longo do tempo marcaram uma história. São versos escritos em rascunhos, hoje encadernados, e que revelam a mais pura verdade! Nos desabafos, em que só o papel aceita... Sejam bem-vindos! Sueli Dutra - 03/09/2011 - Florianópolis - Santa Catarina - Brasil.
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