Os ponteiros do relógio marcam as
horas que não estás.
Passam lentos segundo a segundo,
num tiquetaquear obsessivo,
sistemático e exaustivo.
Queria me debruçar sobre ele abafar as batidas,
mas seria
em vão.
Continuariam ressoando em meus ouvidos,
me enlouquecendo
até perder os sentidos.
Quase chego à demência.
Procuro atordoada, agarrar-me às lembranças.
Lembro-me do quanto nosso amor era criança.
Dos risos soltos.
Dos olhares ternos.
Das carícias tênues.
Nada precisávamos pensar, pois, a plenitude desse
amor
traduzia-se num simples olhar.
Cada dia renovava nossa história.
Nem por um momento protagonizávamos o fim.
Hoje os ponteiros do relógio se mostram audaz.
Como algozes
marcam as horas em que não estás.
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