Na sinuosa estrada, com o pé no acelerador,
tentava fugir
da dor.
Para cada curva, lágrimas deflagravam o
tormento da
perda.
Os pensamentos embaralhavam-se sem
entender às razões.
Diante da estrada, o novo!
Os pneus do carro cantavam o fim de uma história.
Corriam velozes em fuga ou em busca do desconhecido.
O asfalto queimava sob o sol abrasador
refletindo, no
corpo, o calor.
Nada parecia existir no final da estrada,
ao mesmo tempo,
tudo, era o que eu esperava.
Vida nova!
Mundo novo!
Mas na bagagem, marcas entre vestidos, saias,
blusas e
colares.
Como se não fosse possível desfazê-las.
Como se para sempre fossem bagagem.
As lágrimas insistiam em cair.
Os cabelos revirados pelo vento no rosto tentavam
secá-las num açoite sutil.
A desordem dos pensamentos contrariava o
vento e avançava
nas lembranças.
Parecia não haver esperança.
O pé continuava firme no acelerador.
Nada aplacava a dor.
O dia já dava lugar a noite.
Já se podia vislumbrar o luar.
Mágico!
Quem sabe essa magia possa me livrar da agonia...
Refazer
os sonhos...
Limpar meu coração tristonho...
A estrada parece não ter fim, e eu nem sei
o que será de mim.
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