O tempo já não dizia nada,
quando a vida passava sem nada dizer.
Pareciam cúmplices, mesmo sem ser.
Tanto faz o dia, quanto a noite,
não eram suficientes para suprir
o que o tempo poderia dispor para a vida.
Esta, mais do que o tempo,
só sabia vencer os contratempos.
Defendia-se.
Debatia-se.
Mas não saia da agonia.
Sufocava os sonhos,
enquanto o tempo
se fazia medonho.
Avançava de todas as formas.
Ora lento.
Ora frenético.
Ora tenso.
Ora patético.
A vida embora quisesse não
depender do tempo, não poderia
existir sem nele ou com ele estar.
Bastava olhar.
O tempo se fazia notar!
E embora não dissesse nada,
e a vida nada quisesse dizer,
tanto um quanto o outro,
apenas, se deixava acontecer.
Não havia o que dizer.
Apenas, viver sem o tempo perder.
Sem deixar a vida desfalecer.
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