Quando vi que não estavas
senti que um grande vazio se instalara.
Cada cômodo da casa
guardava um pouco de ti,
e tua presença ainda podia sentir.
Foram anos de convivência.
Para cada um,
diferentes histórias de vida.
Pequenos gestos.
Pequenas atenções.
Coisas simples, corriqueiras que
só quando perdemos é que
percebemos a grandeza.
Lembro-me das vezes em
que, ao acordar, a mesa estava posta
com suco de laranja feito
às portas fechadas, para que eu não
acordasse antes que estivesse pronto.
Apesar disso, houve desencontros.
Nunca confrontos.
O sentimento tornou-se confuso,
trafegava obscuro nas veias e
se enveredava pelas teias
sutis de amores febris.
O diálogo não existiu
O amor desistiu.
O que era proibido legalizou o pecado.
Quando achasses que estavas livre,
te acorrentasses ao amor
que houveras sufocado.
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