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sexta-feira, 9 de março de 2012

O VENTO UIVAVA O LAMENTO



A fúria do vento trazia ao rosto o açoite da

poeira que do chão levantava.

Parecia querer flagelar o pranto que da face

escorria como a livrar-se da agonia numa

imensa ventania.



Ao som de tudo o que arrastava nada sobrava.

Somente o calar para ouvir.

Ouvir o uivar do vento, na tagarelice das folhas

das árvores a balançar.

Nada parecia ficar no lugar, pois o vento, este,

não queria deixar de soprar.



Cutucava a tez umedecida como a oferecer guarida,

pelas tantas mazelas sofridas.

O arrastar pelo sopro forte parecia limpar tudo,

trazendo à tona o que havia de mais profundo.



Embora parecesse inimigo, limpava as feridas,

assim como faz um verdadeiro amigo.

O vento uivava o lamento.

Imponente e poderoso fazia-se ouvir na tentativa

insana do coração calar para a mente escutar.



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