A fúria do vento trazia ao rosto o açoite da
poeira que do chão levantava.
poeira que do chão levantava.
Parecia querer flagelar o pranto que da face
escorria como a livrar-se da agonia numa
imensa ventania.
escorria como a livrar-se da agonia numa
imensa ventania.
Ao som de tudo o que arrastava nada sobrava.
Somente o calar para ouvir.
Ouvir o uivar do vento, na tagarelice das folhas
das árvores a balançar.
das árvores a balançar.
Nada parecia ficar no lugar, pois o vento, este,
não queria deixar de soprar.
não queria deixar de soprar.
Cutucava a tez umedecida como a oferecer guarida,
pelas tantas mazelas sofridas.
O arrastar pelo sopro forte parecia limpar tudo,
trazendo à tona o que havia de mais profundo.
trazendo à tona o que havia de mais profundo.
Embora parecesse inimigo, limpava as feridas,
assim como faz um verdadeiro amigo.
assim como faz um verdadeiro amigo.
O vento uivava o lamento.
Imponente e poderoso fazia-se ouvir na tentativa
insana do coração calar para a mente escutar.
insana do coração calar para a mente escutar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Caro leitor (a), expresse aqui sua opinião, pois, é fundamental para o crescimento deste blog. Um grande abraço a todos. Sejam Bem-vindos!