
A jovem, sentada no muro, viajava em
pensamentos distantes, tentando
rever o rosto do seu amado...
Dele fora afastada pela família
que ao seu lado estava.
Nem percebera que um ônibus ali parara
e que seu motorista, de forma terna, lhe olhava.
Com um gesto simples de balançar a cabeça,
convidava-lhe a embarcar no ônibus
que a levaria para algum lugar.
que a levaria para algum lugar.
Ignorara seu gesto e ainda pensara:
- Tolo. Quem ele pensa que é?
O ônibus partira e a jovem ali ficara.
Foi para o trabalho.
No decorrer dos dias seguintes,
alguns lampejos da imagem daquele homem,
insistiam em lhe surpreender.
Continuava a lembrar-se do seu amado,
e questionava por onde poderia andar
e como deveria estar.
A saudade apertava-lhe o peito.
Uma onda de carência invadia-lhe a alma.
Saiu do trabalho, colocou-se a caminhar...
Não queria ir pra casa.
Mudou seu rumo e seu destino delineava o traçar.
Quando percebera estava em algum lugar,
sob a luz de um olhar que, por segundos,
lhe convidara a entrar naquele
ônibus que um dia iria pegar.
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