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terça-feira, 27 de março de 2012

LÁPIS E CORAÇÕES



   Tantas são as quimeras.


                            Do lúdico nada se espera.


             São brincadeiras.


                                         São ilusões.


       São lápis e corações.


                  Desenhados e pintados


                                          num papel qualquer,


             esboçam o que se quer.
 

                               Nada traduz o que disser


  o desenho rabiscado,


                                cuidadosamente,

     
                      por uma mulher.


  Embora sejam lúdicos,


                             cria na realidade,


                      toda a verdade em querer ter


      o que não se pode ver.


                                       São quimeras.


               Do lúdico, nada se espera.





domingo, 25 de março de 2012

CADA UM POR SI


O mundo gira em torno de si...

As lamentações já se conseguem ouvir.

Irmãos não mais protegem irmãos.

Cada um por si...

O mundo gira em torno de si.

O mal prevalece o bem.

Não importa a quem.

Os interesses em primeiro lugar.

O importante é chegar!

Os rastros condenam os passos, mas quem

se importa com isso?

Cada um por si...

O mundo gira em torno de si.

Os filhos não mais honram seus pais.

Perdem-se!

Sobram as lamentações e os ais.

Os pais, também, não mais se importam.

Apenas colhem os frutos.

Nada parece parar quando o mundo

se põe a girar.

Sobram os indultos.

Como percebê-los em meio às

falsas condutas?

A visão encontra-se torpe.

Os valores invertidos.

Os medos vencidos.

Nada parece parar quando o mundo

se põe a girar.

O mundo gira em torno de si...

Cada um por si.


AMORES VÃOS


A história se repete.

Amores que vêm.

Amores que vão.

Para cada sonho, a realidade da vida.

Para cada vida, a utopia dos sonhos.

Já não bastam corações risonhos.

Espera-se a cura para amores tristonhos.

Amores que vão.

Deixando saudade no coração.

Amores que vêm.

Trazendo à vida doce ilusão.

Bastava trocar o sim pelo não.

Fugir de amores vãos!

Mas, como eliminar a ternura de

amores que vieram com doçura?

Adoçam a vida por um tempo,

mas, logo, logo, trazem o lamento!

Vão e vêm.

Vêm e vão.

E não há como dizer não.


sexta-feira, 23 de março de 2012

AMOR QUE SE FOI


As horas são contadas minuto a minuto,

e os segundos parecem

persistir na tua ausência.

Cada dia reflete o peso do tempo

que já passou e os meses se tornam lentos,

na ausência do teu amor.

Viesses alvissareiro.

Na minha vida entrasses por inteiro.

Caminhasses no meu corpo como aventureiro.

Desbravando tudo!

Emergindo o recôndito do profundo,

trazendo do fundo do meu coração,

toda emoção que por lá guardara

e ao teu amor ofertara.

Já não era mais eu.

Eras tu no meu apogeu,

transcendendo espaços que ainda são teus.

Hoje, preenchidos por tua ausência,

me levam a dormência dos sentidos.

No delírio do meu ser,

tua voz ainda me enche os ouvidos, a dizer:

- Eu te amo e por muito tempo haverei de te querer!


CAMINHADA


A caminhada embora parecesse íngreme,

trazia à tona, a leveza dos sonhos.

Traçava o horizonte como guardião

de um grande tesouro.

Lá onde se encontra a linha tênue,

em que só os olhos veem na doce ilusão

de que nada seria em vão.

Na caminhada,

nem todo o chão era íngreme,

mas os passos firmes demarcavam

trechos de forma sublime.

Nada parecia dissonante.

Nada era destoante.

Completavam-se entre si as

diferentes paisagens do caminho.

Os trechos pareciam ninhos,

pois acolhiam o choro e o sorriso.

Abraçavam cada passo como a abrigar

a esperança no amanhã,

nos diferentes caminhos.

REDOMA


A vida passa distante...

Da vitrine observam-se tudo.

Pessoas indo.

Pessoas, vindo.

Umas subindo.

Outras caindo.

Nos mais diversos tropeços,

perdas e ganhos.

Rumam impulsionadas pelos sonhos.

Algumas ficam no caminho.

Outras alçam voo.

Pairam sobre os derrotados.

Tentam entender os porquês.

Por que umas conseguem e outras não?

Qual seria a razão?

Da vitrine, olhos atentos.

Lá não há vitórias, nem derrotas.

Lá não há quedas, tampouco, alça-se voo.

Lá apenas protege-se.

Observa-se a vida acontecer

sem nada poder fazer ou dizer.

Melhor viver!


COMO DEVERIA SER


Na obscuridade dos anseios,

desfila a dúvida e os devaneios

misturam-se aos entremeios.

No clarear da emoção, absorve-se a razão,

e já não há o que temer.

O que era obscuro passa a ser difuso.

Não há mais desfiles.

Não há mais disfarces.

Não há mais contrastes.

A luz propaga-se no mais ínfimo dos cantos.

Mostra o novo.

Mostra o velho.

Mostra a dúvida, os anseios e os devaneios,

e já não há o que temer.

Tudo é como deveria ser.


domingo, 18 de março de 2012

NAVEGO OS SONHOS


A praia deserta trazia a calma que

ao meu coração seduzia.

Entre as marolas do mar sereno,

as plantas dos pés aliviam a tensão

de um dia cheio de emoção.

Murcham na água salgada

que lavam até a alma.

Descarrega na areia fina,

toda agonia de um dia que finda.

Já não se vê o sol,

mas percebe-se o frescor da noite.

A brisa fresca à beira mar sopra no

rosto o segredo de ser, simplesmente, ser.

Já não há o que esconder pois, o brilho da

noite flagra a silhueta de um corpo que vaga.

No vagar a companhia dos sonhos.

Trafegam na mente, como a querer

desfilar um mundo de escolhas.

Melhor é sonhar!

Nada como o azul do mar!

Este nos leva por vários mundos a navegar...

Sem tirar os pés do chão,

navego os sonhos em frente ao mar.


CONTO DO DESTINO


A jovem, sentada no muro, viajava em
pensamentos distantes, tentando
  rever o rosto do seu amado...
  Dele fora afastada pela família
que ao seu lado estava.
Nem percebera que um ônibus ali parara
e que seu motorista, de forma terna, lhe olhava.
Com um gesto simples de balançar a cabeça,
convidava-lhe a embarcar no ônibus
que a levaria para algum lugar.
Ignorara seu gesto e ainda pensara:
- Tolo. Quem ele pensa que é?
O ônibus partira e a jovem ali ficara.
Foi para o trabalho.
No decorrer dos dias seguintes,
alguns lampejos da imagem daquele homem,
insistiam em lhe surpreender.
Continuava a lembrar-se do seu amado,
e questionava por onde poderia andar
e como deveria estar.
A saudade apertava-lhe o peito.
Uma onda de carência invadia-lhe a alma.
Saiu do trabalho, colocou-se a caminhar...
Não queria ir pra casa.
Mudou seu rumo e seu destino delineava o traçar.
Quando percebera estava em algum lugar,
sob a luz de um olhar que, por segundos,
lhe convidara a entrar naquele
ônibus que um dia iria pegar.