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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

VAZIO

 

A voz ecoava triste ao gritar por você.

Entre ecos dissonantes, desarmônicos e constantes, desapareciam os sonhos.

Vagueava em meio a pensamentos funestos, e já não distinguia o dia da noite.

Tudo era lúgubre!

Nas veias percorria o sangue da amargura envenenado pela tristeza fria e crua.

Na nudez de minhas profundezas despi o anseio de te ter.

Deixei o corpo cair.

Divaguei...

Procurei levantar do solo que me acolhia, árido e por vezes, úmido, pelas lágrimas que insistiam em querer descer...

Busquei a dor, para que se tornasse flor e assim fazer ressurgir o amor!

Pus-me a caminhar de novo, por entre sonhos e pesadelos.

Escorreguei muitas vezes.

Busquei muitas vezes, mas nada encontrei.

Restou o vazio que tua ausência deixou em meu ser.

Ah! Como haverei deixar de te querer?


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