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Sueli Dutra |
Olá pessoal. Não se assustem! Não está previsto um novo tsunami... Esta noite tive um sonho, isto é, pesadelo, e vivi o drama de um "tsunami", que inspirou-me para esse poema. No final dele há um vídeo do que aconteceu no Japão no dia 11/03/2011, por volta das 14h46m (2h46m no horário de Brasília). Senti o drama e não pude evitar externar as sensações vividas, mesmo em forma de poema. Um grande abraço!
Não se olha.
Não se vê.
Acontece em silêncio.
Bate pedras.
Bate placas.
As tectônicas, também.
Quando aos olhos se torna visível
já não se podem nada fazer.
Apenas, correr.
Revoltam-se as ondas.
Deprimem o assoalho do mar.
Crescem se agigantam e
a todos se põem a aterrorizar.
Invadem a praia.
Espaços que não são seus.
Arrastam pessoas e coisas.
Aterrorizam em seu apogeu.
Interrompem os sonhos.
E tudo se torna tristonho.
Já não há o que fazer.
Tudo foi arrastado.
Tudo foi inundado.
Varrido e descompensado.
No desalento o sonho:
Reconstruir as sobras do que não foi dizimado.
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