Os olhos encontram-se parados
num ponto qualquer.
Parecem olhar o futuro, embora, ainda,
vislumbrem o passado
vislumbrem o passado
na tênue lembrança do que foi bom,
e ainda se quer.
e ainda se quer.
Procuram enxergar o ontem como
se fosse o amanhã,
se fosse o amanhã,
numa mentira descabida a virar
uma página ainda não escrita.
uma página ainda não escrita.
Buscam aliviar a dor na ilusão de que lá,
em algum lugar, existe alguém a esperar.
Alguém que ainda vive na lembrança,
que refaz os sonhos
e insiste na perplexidade do olhar.
e insiste na perplexidade do olhar.
Olhar parado, distante,
fixo num ponto qualquer,
fixo num ponto qualquer,
que não consegue sair de si,
e ir ao encontro da vida
que está por vir e ainda se quer.
que está por vir e ainda se quer.
Sem brilho os olhos refletem o passado
e ignoram o futuro.
e ignoram o futuro.
Não há como tirar os pés do chão.
Dar o primeiro passo é preciso para
romper fortes laços, e deixar de lado a ilusão.
romper fortes laços, e deixar de lado a ilusão.
Ilusão que condena o corpo,
a alma e o coração.
a alma e o coração.
Estagna os sonhos.
Vê o futuro, mas não consegue livrar o olhar
do passado que, dele, está impregnado.
Os olhos parados, fixos num ponto qualquer,
só fazem a dor sufocar o presente,
anular o futuro e manter o passado
que ainda se quer.
que ainda se quer.
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