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domingo, 8 de janeiro de 2012

EM BRANCO


O papel está em branco...

Espera por mais desabafos,

por mais extravasamento dos diversos

sentimentos provocados pela intensidade desse amor.

Por mais que eu queira deixar,

jamais o papel conseguirá captar o que

está a rolar nesse universo infinito.

Tento invento, falo a verdade, mas nada

consegue extrair o que está nas cavidades das veias,

nas teias entrelaçadas desse amor.

É arrebatador!

Neutraliza-me, energiza-me e torna-me imune às

diversas controvérsias, dessa história adversa.

Faz de mim um sei lá o quê, não me deixa perceber

que tudo há, para ainda mais, esse amor enaltecer.

Travo batalhas, fico no fio da navalha, mas nada

derruba o que o coração ausculta, no som do silêncio.

São batidas repetidas, ora lentas, ora céleres e

que a tudo diferem numa taquicardia sem covardia

em meio à sofreguidão desse amor.

Ah! O torpor!

Fico paralisada e sou arrastada por lembranças que

me levam ao êxtase.

Tornam-se meu vício e enrubesço só de lembrar.

Quero buscar.

Quero rolar nos devaneios e te ter em meus seios,

cativo, prisioneiro, escravo dos entremeios.

Os entremeios que deslizam por meus seios,

me levam à loucura e já não sou mais dona de mim.

Sou tua!


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