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sexta-feira, 24 de maio de 2013

HISTÓRIA REAL

(Homenagem Póstuma)
 
O caixão estava ali.
O corpo inerte era o de minha mãe.
Vim de longe para a cerimônia fúnebre realizar.
Tomei à frente.
Subi ao púlpito e pus-me a falar.
Cumprimentei a todos que na Capela deveriam estar.
Vi parentes que há muito não via.
Mencionei a peculiaridade de alguns.
Falei até do sorriso franco de Sueli, sua marca registrada.
Mencionei a vida da forma como ela se apresenta do que nos oferece.
Como Pastor que fui falei às ovelhas.
Quis resgatar alguns valores.
Ali diante do corpo inerte de minha mãe quis unir a família.
Dizer do quanto necessitamos um do outro.
Do quanto é vago nossos dias.
Da preciosidade que eles têm.
Da pequenez de rusgas inúteis.
Da grandiosidade do ser.
De servir mesmo sem o outro merecer.
Da frequência do perdão.
Do quanto enaltece e edifica!
O momento era de dor, mas, reunia.
Trazia à tona lembranças e nostalgia.
Fazia saber do quanto a vida é breve.
Não importa que passe vinte ou cem anos, ela é breve!
Os anos são os que menos importam.
Vivenciar o aqui e o agora é o que faz a história.
Tudo disse diante do corpo de minha mãe.
Misturava tristeza com alegria.
Até sorri algumas vezes.
Mal sabia...
Que dali, passados meses e dias, um ano.
Era ali que meu corpo jazia.
 

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