Anúncios do Google

Página Inicial Facebook FunPage Twitter Feed Perfil Email Flickr Favorito

sexta-feira, 31 de maio de 2013

AS PALAVRAS TENTAM


No silêncio de um coração em frangalhos, as palavras 
anunciam o seu mais profundo teor.
Dizem não se importar com o que no coração não há.
Fazem o silêncio gritar.
Revelam a irreverência.
Vasculham a sapiência.
Buscam a vida forte feito o carvalho.
Não importa o coração em frangalhos!
Nele nada há.
Nele tudo dá.
É fraco.
É reincidente.
Nele o amor é intermitente.
Ora está.
Ora não há.
Oscilação constante de forma dilacerante.
Por isso despedaça.
Por isso aflige.
Por isso a vida não o abraça.
As palavras ferem o silêncio desse coração.
Nos batimentos todos os sentimentos em exaustão.
Quão tolo é!
Não sabe que sofrer é padecer no vão.
As palavras tentam.
Tentam mas não alcançam o seu intento.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

HISTÓRIA REAL

(Homenagem Póstuma)
 
O caixão estava ali.
O corpo inerte era o de minha mãe.
Vim de longe para a cerimônia fúnebre realizar.
Tomei à frente.
Subi ao púlpito e pus-me a falar.
Cumprimentei a todos que na Capela deveriam estar.
Vi parentes que há muito não via.
Mencionei a peculiaridade de alguns.
Falei até do sorriso franco de Sueli, sua marca registrada.
Mencionei a vida da forma como ela se apresenta do que nos oferece.
Como Pastor que fui falei às ovelhas.
Quis resgatar alguns valores.
Ali diante do corpo inerte de minha mãe quis unir a família.
Dizer do quanto necessitamos um do outro.
Do quanto é vago nossos dias.
Da preciosidade que eles têm.
Da pequenez de rusgas inúteis.
Da grandiosidade do ser.
De servir mesmo sem o outro merecer.
Da frequência do perdão.
Do quanto enaltece e edifica!
O momento era de dor, mas, reunia.
Trazia à tona lembranças e nostalgia.
Fazia saber do quanto a vida é breve.
Não importa que passe vinte ou cem anos, ela é breve!
Os anos são os que menos importam.
Vivenciar o aqui e o agora é o que faz a história.
Tudo disse diante do corpo de minha mãe.
Misturava tristeza com alegria.
Até sorri algumas vezes.
Mal sabia...
Que dali, passados meses e dias, um ano.
Era ali que meu corpo jazia.
 

terça-feira, 21 de maio de 2013

CONVIVÊNCIA

Observando pessoas que passam ao redor ria-se
 
e chora-se sem saber o que é pior.

Indiferenças, sapiências, indolências, proeminências.

Tudo e todos num misturar de emoções e sensações.

Um dia... Alegria.

Outro... Fantasia.

Cada qual num vivenciar.

Tentando um espaço ocupar.

Seguindo a estrada.

Vias duplas, algumas de mão única.

Mas, o trafegar embaralha os sonhos.

Faz com que tudo ou mais pareça tristonho,

por vezes, risonho.

Só por vezes.

E os dias seguem...

Obsoletos, distantes, nauseantes.

Poucas vezes radiantes!

Só por vários o sol não brilha!

Só por um a tudo irradia!

Como a querer mudar esses dias.

Uma pessoa só não basta.

A maioria desgasta.

E todos seguem... Na mesma agonia.

terça-feira, 14 de maio de 2013

TEMPESTIVIDADE

O calor dos teus braços aconchega meu coração.
No recôndito do nosso amor sinto nossos corpos estremecerem.
Tuas mãos exaustivamente percorrem minha silhueta pelo prazer da busca.
Descobrem os mais íntimos dos desejos.
Amor refletido em longos beijos.
Respiração ofegante.
Prazer estonteante.
Amor por entre espelhos.
Fotografia sensual de corpos em erupção.
Onde não se usa dizer não.
Apenas navegam na tempestiva paixão.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

PRISIONEIRO DA SOLIDÃO

Os dias são calmos...
Tranquilos parecem não se importar com as batidas dissonantes de um coração que, prisioneiro da solidão, quase não orquestra o sentimento, e os dias acontecem trôpegos.
Sem razão e sem vazão da dor que comprime o peito, as batidas se fazem descompassar.
São dias em agonia, embora, permaneçam sossegados.
Trazem em sua languidez inquietação e tristeza.
Assim como esse coração.
Abatido.
Descrente.
Reticente.
Uma luz, talvez, se veja.
Faça brilhar o sol opaco desses dias.
Traga luar em seu final.
Repleto de estrelas!
Céu rasgado.
Limpo.
Apurado.
E esse coração, totalmente, curado!

sexta-feira, 10 de maio de 2013

ENLACE

 
O espelho d’água reflete o marasmo de minh’alma.
O mar plácido, não esconde o que em sua profundeza há.
Um mundo vivo agitado na inquietude do ser.
Embora, não deixem transparecer, as marolas pairam
irrequietas sob o olhar de minh’alma.
Há um enlace.
Uma combinação entre o ser e a natureza.
Sentimentos revolvidos por lembranças.
Refletidos feito imagem perdida em meio ao mar.
Onde os pensamentos vagueiam sem se fazer notar.
Paraíso calmo.
Indolente submerge o enigmático no silêncio.
Com ele minh’alma transcende.
Com ele o coração acende.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

DESAMPARO


Nunca um dia fora tão funesto.
Deplorável sucumbia o sonho.
Nada acontecia para que o sol brilhasse.
Sufocava tudo e toda a sensação era de dor.
Nada se podia fazer.
Entregue às razões que não justificam jazia
a alma no corpo inerte.
Largado, sofrido e sem perdão.
Sem ao amor dar vazão representava o nada.
Num vazio que só os desamparados sentem.
Como se as lutas se tornassem frementes
vibrando pelos amores ausentes.
O nada, o vazio preencheu.
As forças se esvaíram.
O corpo emudeceu.
E o coração, no sufocar desse dia, desfaleceu.

terça-feira, 7 de maio de 2013

COLAPSO



As ideias trafegam estreitas nos pensamentos
em desordem.
Uma a uma buscam a solução do problema.
Levar sonho ao riso sufocado pelo pranto.
Traduzir os anseios.
Resgatar valores perdidos.
Tudo pode ser possível.
Tudo pode acontecer pelo despertar das ideias.
Acalmar a sofreguidão se tem por solução.
Porém, como fazer?
Como os pensamentos em ordem suceder?
Variam os pensamentos na ordem das ideias.
Confusos não sabem o que definir.
Suprem o vazio.
Esgotam espaços.
Comprimem a imaginação.
De Deus esperam ilapso.
 E as ideias, por fim, fogem do colapso.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

O PODER DAS PALAVRAS


As palavras jogadas ao vento se tornam infinitas.
Voam longe e não se sabe onde vão parar.
De bom tom seria nelas pensar antes de falar.
São infinitas!
Poderosas trazem o bem e o mal.
Manipulam corações.
Deságuam em emoções.
As palavras são ditas e, por vezes, malditas!
Penetram o mais profundo do ser. 
Nelas se denota a ignorância ou o saber.
Depende daquilo que se quer ver ou ter.
Seu poder, incrivelmente infinito, é capaz de fazer esmorecer ou enaltecer.
Afiadas penetram feito navalhas.
Ternas deleitam o coração.
Não há quem as ignore.
Palavras são palavras!
Pra sempre ecoam no silêncio.


quinta-feira, 2 de maio de 2013

TEMPERANÇA


As imagens vagueiam na mente, feito
fantasmas doentes.
O brilho no olhar já não se vê.
Existe um longínquo embevecer.
Nostalgia em Lembranças.
Mundo distante.
Já vivido dá às imagens vida.
Um turbilhão de coisas...
Pessoas.
 Sentimentos.
Abraços
Contratempos.
Tudo no oscilar das lembranças.
Tudo na mais pura temperança.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

DOCE VIDA


Vida, vida, doce vida!
Quem dera não te pedir guarida.
És absoluta.
Reinas sobre todas as condutas.
És fiel.
Amanheces todos os dias.
Anoiteces em todas as folias.
Não há quem te derrube.
És plena!
Mesmo em meio aos dilemas!
Fugir de ti não dá.
Melhor mesmo é te abraçar.
Sentir o sentimento.
Dividir os lamentos.
Conviver com os contratempos.
Vida, vida doce vida!
Quem dera não te pedir guarida!