SENHORES DO NADA

O momento é de silêncio recolher as amarras e 

deixar solto o coração.

Suas batidas quebram o sossego.

A mente não para.

A dor não sara.

Pensar dói ainda mais.

Viajar no tempo.

Voltar atrás.

Concluir que tudo o que fizermos 

não satisfaz leva-nos a perguntar: 

- Onde foi que eu errei?

A vida passa sem sincronismo num ritmo veloz.

Embaralha sonho, ideias e ideais.

Mistura tudo num enorme caldeirão.

Parece bruxa gargalhando e transtornando

 o coração.

Seguimos arrastados pelas horas, 

contra o tempo como senhores do nada.

Acreditando viver com o melhor de nós.

Mas, goela abaixo, descem as lutas 

se nos apresentam.

Somos valentes heróis do nada!

Pensamos vencer e somos vencidos, pois, 

o tempo e a vida são implacáveis!

No calor das batalhas não sentimos as feridas 

e nem o quanto ferimos.

Adiante o resultado.

Troféu ou derrota?

Só o tempo dirá.

Se a vida assim não se importar.