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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

PONTO FINAL

     Belas são as histórias.

     Feras são as escorias.

    Mundo profano!

    Mundo imundo!

    Quantos são os impuros?

    Os que se orgulham?

   Do nada avançam,

   E porque dançam querem a música!

     HA... HA...

  Quem eles pensam que são?

   E para onde vão?

   Buscam a lama para encontrarem a fama.

   Vivem a vida sem o menor drama.

  Passam, repassam e a tudo desgastam.

  Mente corpo e coração.

  Transgridem até o tesão!

  Até onde irão?

  Um dia o ponto final.

  No ponto o que há de sensacional:

  A recompensa daquilo que não foi legal.

  Que tal bater de frente com a “real"?



segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

SUGUI



Atração.

Emoção.

Comunhão.


Olhar.

Tocar.

Sentir.


Ar.

  Terra.

Água.


Pés no chão.

Buscar o infinito.

Encontrar o amor.


Ironia...

 Só restou a dor.


DEIXAR A VIDA ACONTECER


Como imaginar a vida,

sem que para as lições aprender

tenha que sofrer?

Vários são os sentimentos

que nos levam a julgamento

por eles não conhecer.

Surtamos diante do óbvio,

e não vemos o que está aquém.

São sutilezas da vida,

que mesmo por vezes sofrida,

nos arrastam para compor

histórias desmedidas.

Fazer o que vem à cabeça,

cava os sonhos e crava a sentença.

Quase sempre o caminho nos

leva a desobediência.

Andamos pela saliência e

transgredimos as vias da sapiência.

Pagamos caro pelos

momentos raros.

Ficamos sem entender que

 na vida, para não sofrer,

por muitas vezes, temos

que nos abster.

Recuar para avançar.

Avançar para a vitória alcançar

e muitas lutas, ainda, travar.

Há que se crescer!

Há que se merecer!

Há que se perder!

Perder o medo e

deixar a vida acontecer.


OLHOS COLORIDOS


No azul dos teus olhos

encontrei o oceano,

naveguei em pensamentos vagos.

Busquei o colorido dos teus olhos.

Azul cristalino, límpido.

Verde esperançoso, lânguido.

Amarelo forte, altivo.

Teus olhos te descrevem!

Teus olhos fazem sonhar...

Teus olhos são coloridos.

Teus olhos me fazem amar!


domingo, 19 de fevereiro de 2012

MELHOR AQUIETAR


Tal foi o espanto quando,

quieta em meu canto,

o passado ressurgiu.

Bateu na porta como se nada

mais importa,

e ao meu coração aturdiu.

Fingi não ligar.

Quis evitar.

Mas senti a vontade balançar.

Pus-me a lembrar das poucas horas,

do pouco tempo que em

seus braços pude estar.

Por momentos,

driblando sentimentos,

tentando na vida não errar.

Só podia gostar.

Amar nem pensar!

Na releitura da vida,

as páginas guardam o que

não devemos registrar.

Mente corpo e coração,

parece à mesma língua falar.

Esquecemos que cada um tem seu lugar.

Quando confusos,

conjuga-se o verbo errar.

O passado bate à porta,

mas no presente,

o futuro podemos evitar.

Melhor aquietar.


PINFLINDACONCHA



Momentos breves,

soltos,

leves.

Emoção sentida.

Contida.

Risos.

Desejos.

Anseios.

Alegria evidente.

Corpos ardentes.

Certezas incertas.

O coração, alado.

Forte.

Calado.

O gozo, latente.

Fremente.

Contido.

Angústia.

Emoção.

Desilusão.

Queria uma razão.

Só isso.


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

SETE MULHERES


O encontro estava marcado.

Sete mulheres... Sete vidas.

Seriam essas mulheres, ainda meninas?

Uma a uma chegavam de vários

pontos da cidade.

Eram diversas às idades.

Para cada chegada alegria renovada!

Até que todas, finalmente, estavam juntas!

Começava aí, tudo o que se poderia

buscar para sorrir.

Garçom!

Por favor, vários chopes!

Ah! Queremos batatas fritas, com queijo

e bacon torradinho por cima.

O garçom se foi.

A conversa animada continuava.

De tudo que se falava, ria-se da vida que,

por vezes enfática, e por outras, doída,

traduzia nas diversas experiências em comum,

um único sentimento: Renovação.

Renovar esperanças.

Buscar a criança.

Sorrir em vez de chorar, para a alma poder alimentar.

Falando nisso... Cadê o garçom?

Ah! Lá vem ele!

Trouxe os chopes e as batatas fritas

com queijo e bacon torradinho.

Ué, cadê o queijo?

Aqui tem queijo?

Não vejo...

Diz uma das sete mulheres.

Só tem batatas e bacon torradinho...

E o queijo?

Talvez existam alguns farelos...

Mas, o queijo, queijo mesmo, não tem!

Reclamações à parte, o garçom logo se abstém

e os risos tornaram-se frouxos,

pois eram o que convém.

Sete mulheres... Sete vidas.

Várias histórias, poucas medidas.

Pra quem pedir guarida?

Melhor sorrir e reclamar o queijo.

Cadê o queijo?


domingo, 12 de fevereiro de 2012

CARNAVAL


Entre confetes e serpentinas,

tracei minha sina.

Pus-me a divagar entre conceitos

e preconceitos, e nada absorvi diante

do que ainda estaria por vir.

O som frenético dos tambores,

atabaques, tamborins e pandeiros,

saudaram o mundo inteiro,

numa alegria ímpar, sem fim!

Queria que alguém perguntasse por mim.

Fantasiei os sonhos e diante de todas

as fantasias, confundi-me na plenitude da folia.

Corpos serpenteavam a música.

Envolventes e envolvidos pela ilusão

do prazer provisório.

Tudo era ilusório!

As máscaras persistiam. Não caíam.

Pelo contrário. Sacudiam o coração

prometendo emoção.

Por diversas fantasias caminhei.

Procurei e não achei.

Muitas eram as pessoas...

Entre elas, às vielas da ilusão,

persistia em não me dar

razão, pois do vazio absoluto

ao mais profundo preenchimento do ser,

tudo dizia que não se deveria querer.

Era carnaval!

Festa desigual, onde nada parece real.

Embora, pareça igual, tudo é desigual.

Passeia na esperança de pela vida fugir

das lembranças, e  num rufar de tambores,

eliminar nossas dores.

Assim acontece o carnaval...

A ilusão se fazendo passar por vida real.


QUARTO 206


Era modesto, simples demais.

Uma cama de casal, outra de solteiro.

Uma TV.

Um ar condicionado.

Nada mais.

Da janela vía-se o mar, 

paisagem ofuscada pelo tempo

chuvoso, úmido.

No ar, o desejo!

Corpos entrelaçavam-se à procura

do prazer momentâneo.

O dia era esquecido...

Horas e horas passaram sem registro.

Não havia fome.

Não havia sede.

Só havia prazer!

Carícias.

Sons emanados...

Descontrolados

enchiam o quarto de vida!

Vida sentida.

Compartilhada.

Agasalhada nos braços,

que entre abraços sublimava

a emoção de estar ali.

Na grandeza desse momento único,

atingia o auge do prazer,

e aquele quarto, modesto e simples,

acobertava nosso bem-querer.