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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

FRAGILIDADE DA ALMA

  Rastreio, em pensamentos, o pouco que sobrou de minh’alma...
Procuro tanto, que dos restos encontrados, nada posso juntar.
São fragmentos. 
Tão diminutos que se perdem no olhar.
A vida tem sido madrasta, com algumas doses de felicidade.
Ventura cavada todos os dias, num profundo disfarce das dores sentidas.
Os caminhos se abrem, porém, não há como os percorrer.
É como se a vida dependesse de um fio prestes a arrebentar.
Qualquer movimento pode falhar!
Mesmo assim a felicidade aparece tênue.
Brinca de ser feliz.
Traz o amor e a diretriz.
Como iniciar a jornada em meio do fim, quando os passos se encontram trôpegos?
Abrem-se às estradas!
A procura continua...
A alma permanece frágil.

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