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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

FLORES NO CAMINHO



Quando as flores no caminho começam 
a murchar é hora de parar.
Refletir sobre os passos já dados, traçar os
que ainda hão de vir
e com esperança poder prosseguir.
Visualizar o sonho, como que concretizados.
Purificar o ar quando aspirados.
Relaxar diante do inesperado!
As flores mesmo murchas, ainda estão lá.
Basta regar e adubar.
Projetos.
Escolhas.
Atitudes.
Dá vida a composição!
Não deixemos que as flores no caminho murchem!
Reguemos.
Adubemos.
Inspiremos o cheiro do seu perfume!
Elas estão lá e podem voltar a desabrochar.
Só depende de nós.
 

domingo, 26 de janeiro de 2014

OH! VIDA!



Difícil não querer que a vida abra os braços,
e se ponha a nos acolher...
Que sorria e abrande os dias de agonia;
Que refaça os sonhos, mesmo que pareçam distantes;
Que nos diga sim, quando tantas outras coisas
nos dizem não;
Que nos abasteça de tesão;
Que nos surpreenda na comunhão.
Oh! Vida!
Quão doce és!
Por que, então, pareces amarga?
Foges carregando a esperança trazida de
quando criança, e parece
não mais voltar.
Nos deixas aflitos em prantos, enquanto
o tempo passa correndo sem pestanejar.
Entras em vielas, te escondes em atalhos,
deixando que nossas lágrimas
misturem-se ao orvalho.
Na relva o corpo cai já cansado,
enquanto foges deixando
nossos corações desencontrados.
Oh! Vida!
Abra teus braços!
Volte!
Volte alvissareira.
Volte inteira!
Deixe de fugir, como se quisesse nos punir,
brincar com o nossos corações, nos
privando das emoções.
Traga o sorriso.
Traga a alegria!
Preencha nossos dias, nos acolha em teus braços,
e em teu colo nos tire todo o cansaço.
OH! Vida!
Quão doce és!
Por que, então, pareces amarga?
 

BONECOS DE BARRO

 

Das mãos talentosas do Mestre Vitalino,
nascem os Bonecos de Barro.
Com eles, a cultura e o folclore do povo nordestino.
Mãos preciosas que de forma habilidosa davam vida ao inanimado.
Filho de lavradores cultivava a arte na sua infância.
Sobras de barro, quiçá argila, eram os seus brinquedos.
Desde menino, aos seis anos, criava seus folguedos.
Da humildade, trouxe a verdade do povo sertanejo,
uma das culturas do folclore brasileiro!
Aos Bonecos de Barro deu vida!
Viajam pelo mundo!
Levam o  nome do artesão.
Trazem o mundo às suas mãos.
Da terra vermelha ou branca fez da arte
primitiva, baluarte da cultura.
Para o mundo levou o conhecimento de
Caruaru, terra onde nasceu, viveu e morreu.
Rico não foi.
Rico era por sua destreza, mas
morreu pobre eternizando a arte como sua
maior riqueza. 
Mestre Vitalino
1909 - 1963



Vitalino Pereira dos Santos era o seu nome. Nasceu em 1909, no distrito de Ribeira dos Campos, Caruaru, estado de Pernambuco. Seu pai era lavrador e sua mãe louçeira, produzia pratos e panelas de barro. Desde criança, com as sobras do barro que sua mãe usava, criava bonecos lúdicos na forma de bichos: vacas, bodes, etc. O que com o passar dos anos, o tornaria conhecido não só no Brasil, como também no exterior. Até hoje é lembrado como "Mestre Vitalino". Morreu aos 54 anos, em 1963 de varíola, no dia de São Sebastião (22 de janeiro), santo o qual era devoto. Seu legado foi a sua arte.
Sueli Dutra / Florianópolis - Santa Catarina.
Esta poesia foi selecionada para compor o Livro "...E do barro se fez o homem...", (antologia promovida pela CBJE - Câmara Brasileira de Jovens Escritores), lançado para as seletivas do mês de março. Acessem o link: http://www.camarabrasileira.com/edh14-018.htm

Abraços.
Sueli Dutra

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

LIBERDADE DO CORAÇÃO

 

No silêncio da madrugada grita o meu coração.
Não é possível que a vida seja em vão.
Mistura de sentimentos desfazem a vontade.
O coração quer calar, mas insiste em gritar.
Quer ser ouvido e divisado, esperando um dia,
ser almejado.
Flechado pelo cupido!
Assim como nos contos de fada, esperando
pelo amado, pra que seja beijado.
Oh! Vida.
Oh! Silêncio!
Oh! Madrugada!
Ouçam meu coração.
Façam barulho, abafem seus gritos.
Refrigerem o corpo.
Refrigerem a alma.
Tragam a calma, não a lacuna.
Apenas abram os braços,
e lhe desatem os laços em plena soltura.



VAZIO

 

Que vazio é esse que me absorve a alma,
firmando a solidão que vagueia por todo o meu ser?
Queria uma explicação...
Saber qual a razão.
Mas, o tempo conspira, trai os
pensamentos, não deixa sequer lembrar.
Brinca de relógio, e maltrata ao tiquetaquear. 
Trás a sonolência...
Deixa um vão.
Permite a solidão.
E o vazio... Deixa oco o coração.
 

domingo, 19 de janeiro de 2014

RADIANTE


Os olhos ofuscam-se com o sol que  brilha imponente.
O dia está radiante!
Depois de muita chuva, veio fulguroso e inspirador.
Trouxe o calor e despertou o amor.
Amor de verão.
Amor que estonteia o coração!
Que perturba e é fugaz;
Que permite voltar atrás;
Que queima;
Que absorve na pele;
Que bronzeia o sentimento;
Que dá cor e espanta os lamentos;
Que tudo quer, mas não o que vier;
Com indícios de não compromisso;
Que não é submisso;
Que apenas se aquece com o sol, assim como
 esse dia radiante!
Até que a chuva venha e ele se
torne inconstante.
 

QUEM DIRIA....

 
 Tudo o que vejo, são teus sonhos
em lampejos.
Todos os dias parecem brilhar quando
estás a sonhar.
São fulguras de amor, detalhes
esmiuçados de sentimentos abrandados,
confundindo o vazio de amores febris
que, contigo, não condiz.
Ora, ora, quem diria...?
Estás só, e agora sonhas.
Não era o que tu querias?

domingo, 12 de janeiro de 2014

TOCHAS NA ESCURIDÃO

 
O lugar era sombrio e úmido.
Tochas iluminavam a escuridão.
Os paredões de pedra não guardavam a água que escorria branda, embora sucessivamente.
Tudo era lúgubre, assim como os pensamentos que também se faziam medonho.
Lugar e pessoa se tornavam únicos, diante da melancolia que assolava a alma.
O fogo que nas tochas ardia, não só iluminava, mas denotava esperança.
Dava indícios de que se poderia a alma alvejar.
Mudar o rumo dos pensamentos, clarear.
Que em qualquer tempo poder-se-ia encontrar o sol, abraçar o dia, e deixar de lado tamanha melancolia.
Na força dos pensamentos, o lugar era sombrio e úmido. 
A alma...
Também.
 


sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

PIOR DO QUE SUCUMBIR

 
 
 Pessoas surtam esperando na loucura se encontrar.
Os dias têm sido difíceis e o temor da solidão
maltrata o coração.
Nada oprime mais do que o vazio de um ser solitário.
Buscam-se entremeios na solidão e na demência
por estar só, na esperança de encontrar um fio que una a realidade ao sonho; e nele novos rumos traçar.
Desenhar um horizonte pleno de cor.
Colorir de flores a beira da estrada.
Seguir em frente sem temer o acaso.
Tudo pode ser quando o coração permite.
Embora nem sempre se tenha o aval da vida, 
temos a liberdade de escrever nossa própria história, contrariando as interferências.
Mesmo que os dias sejam repletos de dúvidas, não deixamos de nele estar, exceto pela morte.
E pior do que sucumbir, é deixar perecer os sonhos, sem nem mesmo tentar.
 
 

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

SONHAR É PRECISO

 
Descobri que os sonhos flutuam na alma.
Que na maioria das vezes nos tiram a calma.
 Traduzem a vida nas entrelinhas, dispersam os pensamentos.
 Que sem eles não podemos viver.
 Que nada pode acontecer, exceto quando há esperança.
Que neles depositamos a vida, e por eles pedimos guarida.
Somos inicio e fim.
Os sonhos, o começo.
Sem eles a vida perde o apreço.
 Não há sentido.
 Não há amores vividos.
 Não há o porquê de lutar.
Podemos fraquejar.
Por eles suportamos tudo!
Não vemos o mundo imundo.
Surtamos na realidade.
Por isso, sonhamos até a eternidade.
 

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

SABOR AMARGO DA PERDA



Faz tempo sinto falta da tua presença...
Por dias a vida brincou de te esconder.
Por meses sofri o que não vivi.
Por anos surtei no vazio de ti em mim.
E já não sabia distinguir a realidade do devaneio.
Anseios.
Foram tantos!
Saudade.
Nem se fala.
Lembrei-me de como arrumasses tuas malas.
De forma sutil partisses sem dizer nada.
Não precisava.
O silêncio gritava palavras da alma.
Era impossível não entender, não perceber. 
Ficou o vazio, e nele habitavas.
Dei gargalhadas!
Ria de mim mesma, da minha ignorância.
Do quanto te deixei escorregar por entre meus dedos.
Não havia mais medo.
Só o sabor amargo da perda.

 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

TRILHA

 
São pegadas que fazem a trilha no caminho, nelas
vidas são marcadas no cativar da alma.
São sentimentos revoltos, sem razão de ser, sem
poder acontecer, perdidos na confusão, na dúvida,
na vida que se priva e se esconde em atalhos.
As pegadas tatuam a história no chão.
Não importa se é íngreme ou se é plano, elas estão
lá, firmando os passos, ditando o
que não se pode prever.
 Arrastam e soltam os sonhos.
 Por vezes impregnam a dor no  corpo cansado pelo
caminhar e, por tantas outras, despertam o
sorriso pelas flores a ornamentar.
 Ao longe a esperança permanece intacta.
 Dizem que ela está no final da estrada, mas o que
não se sabe é que dela os passos dependem.
 Não é no fim, mas no começo quando sentimos o
caminhar, quando os sonhos nos fazem despertar,
quando os passos são acolhidos pelo chão
 e, finalmente, liberamos o coração.
 

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

MAIS UM ANO SE PASSOU


Mais um ano se passou sem que estivesses ao meu lado.
 Por um momento fingi que estavas aqui...
 Trazias nas mãos duas taças para brindar a vida, e o ano novo que recém chegara!
 Estava tão novinho que as páginas ainda estavam em branco.
 Bastava escrever, editar a vida ou reeditar os sonhos, pois neles, brindávamos o que ainda poderíamos viver, o que ainda poderíamos
 sentir um pelo outro.
O carinho no olhar ressuscitava o amor.
Não havia o despertar da paixão, e sim a plenitude do sentimento maduro, forte e indestrutível.
Teus braços me envolviam em abraços.
Bastava sentir, e com o olhar permitir.
Dizer coisas que nunca foram ditas.
Vaguear na imaginação, assim como faço agora divagando o coração. 
 

NÃO ESQUEÇO


Não esqueço os dias em que comigo estavas...
Éramos felizes detentores do amor.
Queríamos as surpresas do caminho.
Traçávamos metas, cultivávamos a história.
Queríamos escrevê-la, dissertar os sentimentos em 
número de anos vividos, eternizar!
Na pureza de nossos sonhos, ficava impossível fraquejar.
Não era visível o abandono, só era visível sonhar, criar o amor como criança, 
leve, solto, puro e nunca fugaz, porque dele viria tudo o que nos apraz.
Leveza de alma, sem nunca perder a calma.
Apenas viver, sem ter o que temer.
Ganhar todos os dias o amor, transformá-lo em flor:
Colorido, cheiroso, delicado, frondoso.
Assim a alegria do encontro de todos os dias, renovados pela euforia de ver, sentir e amar.
Queria lá poder, de novo, estar.
Trazer à tona o riso franco, o olhar meigo, o silêncio das vozes do coração.
Apenas sentir, não mentir pra mim.
Deixar o vento farfalhar, e ao meu coração embalar.
Só isso.