MONOTONIA

Na tranquilidade dos dias sem expectativas, 

os sonhos parecem estagnar.

É como se nunca mais fossem voltar.

Entregue ao marasmo desses dias calmos
absorvo a imagem do que
ainda pode ser.

Crio na mente desocupada perspectivas 

de um bem querer, embora, 

não deva acontecer.

Na monotonia dos dias, tudo se
transforma em agonia.

Não se vê o sol.

Tudo parece fosco.

Sem brilho.

Sem trilha pra percorrer.

O vazio é preenchido pela melancolia.

Pergunto-me se devo merecer.

Dias assim só fazem entorpecer.

Maltratam os sonhos.

Fazem deles quimeras.

Torna-os impossíveis.

As horas brincam de “pegar”.

Uma equivale há um século!

E todas se tornam infinitas.

Talvez não haja nada que se possa fazer 

em dias assim.

Mas, com certeza, me bastaria que o 

amor perguntasse por mim.