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terça-feira, 8 de junho de 2021

O PESO DE ESTAR SÓ

Sueli Dutra
Quando dois caminhos se encontram a escolha se torna obrigatória, nessa bifurcação me deparo com a pergunta: qual caminho seguir, para à esquerda ou direita? No fiel da balança peso o equilíbrio como se fosse, realmente, possível saber para que lado pender. Faço de conta que sei, mas continuo sem me mexer.
Me imagino num banco de praça, num anoitecer de céu estrelado e limpo, onde a lua é imperiosa e se faz notar como nunca. Não há mais transeuntes porque já se faz tarde. Há dúvida, indecisão, medo, um pouco de covardia, e muita coragem para aceitar minha fragilidade.
Os ombros caem pesados, a cabeça gira em torno de si.
Sinto-me só como nunca dantes.
É incrível sentir a pressão dos acontecimentos, e as mãos atadas, fortemente, sem que haja um pedido de socorro, um ombro amigo, uma voz suave, um ouvido paciente.
Tenho que encarar a mim mesma e enfrentar todo desafio que se apresenta.
Não ouso pedir ajuda. As pessoas mal se olham… Correm, de lá para cá, feito formigas se preparando para o inverno, nem sequer me notariam!
Volto para dentro de mim.
Procuro na separação da estrada, motivos, talvez, sonhos, quiçá, fantasia do que poderia ter em cada uma delas, para que a escolha possa acontecer.
Talvez vendar os olhos seja uma boa opção.
Começar a caminhar às cegas por um bom tempo, depois tirar a venda, e tentar vislumbrar o que de melhor possa existir na senda obscura de início.
O olhar poderá criar. Conforme se olha é o que se vê.
Esquadrinhar às feridas da alma, talvez, seja um bom começo. Saber que delas surgem o aprendizado e a lapidação. Saber, inclusive, o tanto de reconhecimento pela vida que devemos ter. Cada vida deve ser vivida com apreço. Pouco importa o caminho, pois, quem está nele sou eu. Meus passos serão meus guias, seja na estrada plana e tranquila, ou na íngreme e tortuosa.
As escolhas sempre serão minhas, às consequências, também.
              
                                         
             🍀🍀🍀    
                                                                      

2 comentários:

  1. Eu colocaria como título.
    "O peso de estar só".
    Que acho saudável quando o crescimento interior bifurca por áreas não exploradas.
    Bonita poesia, bonita reflexão.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Excelente sugestão, Edson! Muito obrigada por prestigiar meu Blog. Fiquei muito feliz. Vou acatar. Saudades, guri.

      Excluir

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