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segunda-feira, 21 de agosto de 2017

DIAS INTERMINÁVEIS


Quando o céu se abre e a luminosidade do sol desponta
 Refletem em meu rosto os traços de felicidade.
Já não era sem tempo que baterias à minha porta e
Trarias o sol que sufocavas em teu ser.
Na avidez do teu abraço os beijos por todo meu rosto
Contavam da saudade que detinhas.
Em teus braços senti teu peito apertado
Na angústia de dias intermináveis.
Parecia que longos anos se passaram sem que pudéssemos nos ver.
E passaram...
Mas, nos víamos e na pouca ausência de dias parecia que eram anos.
Nada pude dizer por que muito haveria de ser dito.
Não seria oportuno.
Mas, para que falas?
Elas pouco diriam diante do que aquele abraço falou.
Perdemos-nos no tempo dos nossos erros e das escolhas enigmáticas.
Mistérios até hoje inexplicáveis.
A realidade mostrou-se dura quando descerrou o véu da ilusão.
Nada é diferente quando se compartilha o mesmo espaço.
O novo sempre seduz.
O antigo parece cruz.
Mas, só o tempo esclarece.
Quando a verdade, enfim, aparece.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

SEM PRESSA

 

Os faróis ofuscam os olhos afogados na dor do vazio de um corpo sem alma.
Despido, só as lágrimas se fazem notar.
Carros vão e vêm num frenesi de pressa.
Eu, sem pressa, me deixo levar.
Não há destino.
Não há nenhum lugar.
Só as passadas firmes em direção ao nada.
Nessa dor transporto os sonhos sem que olhe pra trás.
Não me largam.
Perseguem-me mesmo sabendo que não posso alcançá-los.
Por isso os carrego.
Por isso pesam como fardos.
Continuam sonhos.
Continuam distantes.
A caminhada...
Constante.