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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

ESQUADRINHANDO...

 Esmiuçar a vida é como se perder em desvarios.
No recôndito, redescobrir começos, fontes e fins, até que perdure o fôlego.
Sem que haja o remendo dos desenlaces ou, qualquer coisa, que aos medos se encaixe.
É como vivenciar o passado em meio ao presente.
Redefinir o indefinível.
Colossal realidade intangível!
Apalpando a memória em suas paredes.
Tramando os sonhos como se fossem redes.
Tropeçando em seus próprios passos.
Fustigando os sentidos em pedaços.
Numa busca infinda do que foi, é, ou, ainda, pode ser.
É muito querer!
É atrevimento demais.
Não se pode voltar atrás!
A vida segue sem que haja volta.
Numa conduta que só a ela importa.
Levada pelo tempo que pra frente segue, e persegue, quando não para.
Nos desatinos desse esmiuçar, a certeza, do que já foi e não se pode mais alcançar.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

BRAÇOS QUE ABRAÇAM



Quando teus braços se abrem, cingindo meus sonhos, uma onda de emoção me invade.
Traz no seio a vontade e o transportar é dádiva.
Viajo entre ninhos, como recém-chegado, saio do casulo, puro como o etéreo.
O vento oscila nas narinas trazendo o bálsamo do olor.
Fragrância quimérica.
Misturada aos sonhos traz os teus braços que me abraçam.
E não somente as quimeras, todo o corpo fica em espera.
Num imaginar constante.
Que aplaca.
Que não refuta.
Que foge das condutas.
Semeando emoções, embalando corações.