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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

DESERTO


O caminho pelo deserto tornava íngreme 
o caminhar.
Envolto em lenços, a areia nos olhos 
tentava-se evitar.
O vento soprava arredio e o deserto 
tornava-se bravio.
Nas areias as pegadas não ficavam.
Eram fugazes.
Não tatuavam.
Havia apenas o registro na memória.
Curvava-se às histórias.
Uma mais intensa do que a outra.
Pois no deserto o caminhar é incerto.
Ora quente.
Ora frio.
O deserto é hostil.
Por vezes havia miragens.
No desenvolver da alucinação o céu 
testemunhava a evasão.
Na fuga o tempo dizia não.
Corria-se contra e a favor das horas.
Não havia controle.
Pois no descontrole da ilusão apenas se 
ludibriava o coração.
O corpo jazia inerte na areia.
E o deserto valeria por uma vida inteira.

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