
RASCUNHOS ENCADERNADOS define os sentimentos tatuados na alma por diversos episódios de uma vida vivida sem máscaras e que emerge, em forma de poesia, as diversas sensações que ao longo do tempo marcaram uma história. São versos escritos em rascunhos, hoje encadernados, e que revelam a mais pura verdade! Nos desabafos, em que só o papel aceita... Sejam bem-vindos! Sueli Dutra - 03/09/2011 - Florianópolis - Santa Catarina - Brasil.
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segunda-feira, 13 de dezembro de 2021
domingo, 8 de agosto de 2021
sábado, 24 de julho de 2021
quinta-feira, 10 de junho de 2021
ANIVERSÁRIO DE MIM

Cada ano que chega traz novos desafios, muitas lições, pouco aprendizado. Sinto o tempo passar sem que haja tempo suficiente para me dar conta do tanto que devo aprender. Nem sempre às lições se mostram com clareza. Muitas perguntas são feitas e, quase sempre se vão no farfalhar dos ventos, as respostas, ficam para uma próxima vez. Sigo com passos firmes. Quando me deparo com o incerto, ou com o que não tenho alcance para entender, sinto o tropegar das pegadas, outrora, afincadas. Não desisto e nem posso.
A vida é para ser vivida!
Não importa se os passos são firmes ou fracos. O importante é estar consciente que, nem tudo, é como vejo, ou imagino ser. Sabendo que cada acontecimento é um resultado, consciente ou não, traço minhas metas, muitas delas, sem me dar conta. Em algum momento chega à apuração… nessa altura, pergunto, indago meu eu, à revelia das respostas que virão. Nunca estou preparada. Contudo, aguento ora firme, ora oscilante, na perspectiva de que, ao final, tudo dará certo.
Mais um ano se cumpriu e mais um é vindouro.
Valha-me Deus! Dá-me luz e sabedoria.
terça-feira, 8 de junho de 2021
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021
sábado, 13 de fevereiro de 2021
O QUE NÃO CONSEGUIMOS MUDAR
Um dia a vida se apresentou.
Não estava preparada para a receber, mas não me pediu permissão de nada, tampouco, esperou para que me recuperasse da surpresa.
Sem digerir, a segui, sem pestanejar, não compreendendo suas sutilezas, e avançando feito soldado servil que apenas segue às ordens que lhe são atribuídas.
Inocente viajava por ela baseada em lições aceitas, porém, não compreendidas e não aprendidas, pois, me movia pelos sentimentos, pelas emoções que acreditei serem definitivas, pois, eram reais.
Não estava preparada para viver, contudo, lutei bravamente com o que me foi apresentado e, por vários momentos, falhei. Essas falhas seguem comigo até hoje, me arrastaram feito navio à deriva, e a luta foi grande! Continua grande, dessa vez, com um pouco mais de experiência, não menos de dor e incertezas.
A experiência nem sempre é positiva, pois, vai nos moldando de acordo com os acontecimentos. Quase sempre, endurecemos. Somos lapidados com ou sem consentimento, fugindo das nossas verdadeiras vontades. Cansados de apanhar nos “fechamos em copas”. Carcaça dura quase inquebrável, e que, aos poucos, nos separa daquilo que não conseguimos entender, ou que foge do nosso controle, justificando assim, o ostracismo.
Decerto que o ser humano é um ser social e, por ser sociável, precisa estar em convívio com a sociedade, entretanto, esse relacionamento pode, às vezes, nos matar em vida, se não estivermos suficientemente preparados para às abordagens involuntárias que sofremos, muitas delas avassaladoras.
Seria tudo muito simples se não julgássemos, se buscássemos compreender o contexto de cada acontecimento, os porquês de agressões delgadas, quase imperceptíveis a outros olhos, mas, com flecha certeira ao alvo, para o qual, foi lançada.
Vive-se em êxtase.
Drogados pelo cotidiano impreciso, pelos sentimentos deturpados, pela inveja, pelo ódio gratuito, pelo ressentimento de mágoas acumuladas, sob à covardia de não reagir às agressões, por puro medo. Medo de afastar a quem amamos, por isso, toleramos, mas, o tolerar na maioria das vezes, não permite deixar passar. Segue apenas a oportunidade de reagir, de se impor, mas não passa a dor que se instala no fundo da alma e do coração.
Ficamos doentes e reclusos. Reféns de tagarelices internas, de falas com às paredes, remoendo o que deveria ser dito, e que não foi tentando compreender o incompreensível.
Às duras penas seguimos renunciando vaidades, valores, o que está arraigado, desde sempre, em nosso subconsciente e que emerge, sem licença, e sem compreensão.
Aprendemos que devemos amar ao próximo, aos filhos, perpetuar a família e “não dar o que falar” aos outros. Isso é bem nítido em nossas vidas. Entretanto, não nos ensinaram que, antes de qualquer outra coisa, somos indivíduos, por isso, merecemos e devemos respeito.
Ensinamos nossos filhos com o que temos, com o que nos foi, também, ensinado.
Repassamos a eles, com adaptação, valores, pelos quais, acreditamos, porque assim o fizeram conosco, mas, ao repassar esses preceitos, fraquejamos dando liberdade para aquilo que, anos atrás, não nos concederam e, como nos cerceou de viver a juventude, ousamos liberar para os nossos filhos. A conta vem muito alta, pois, dá-se margem à inversão de valores, onde os filhos determinam como devem ser os pais.
Tratamos nossos filhos de igual para igual, como amigos, julgando que é certo e, não como responsáveis por sua educação. Ao crescer e se tornarem adultos, viram tiranos de quem lhes concedeu à vida. É como se pai e mãe fossem inimigos em potencial! Com raras exceções encontramos filhos carinhosos e respeitosos.
Costumamos nos atribuir culpa e perguntar, onde foi que erramos?
Contudo, penso que não temos culpa de nada, porque mesmo sendo pais, também, somos filhos e, também estamos intrínsecos no processo de aprendizado da vida. Falhamos o tempo todo como qualquer ser humano.
Não somos responsáveis pelo caráter de nossos filhos!
Eles crescem, simplesmente, e são quem são, não devemos nos culpar por isso.
A vida segue, empoderada, dando às cartas, determinando qual caminho seguir.
Haja discernimento!
Haja sabedoria!
As escolhas, porém, são nossas, e o preço a pagar, também.
Perdoar é preciso.
Perdoar a si mesmo e ao outrem que ainda segue no torpor de suas ações.
SUELI DUTRA - 13/02/2021